quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Antunes Filho inova e coordena musical Lamartine babo

Matéria de 6 de Novembro de 2009. O Espetáculo segue temporada às quintas-feiras, às 19h e 21h, no Espaço CPT/SESC Consolação.

Elenco canta marchinhas de Lamartine Babo, como 'Cantores do Rádio', em peça que fala do Brasil

Guilherme Conte, de O Estado de S. Paulo


Peça reforça vocação do grupo de mergulhar na cultura brasileira




SÃO PAULO - É carnaval no Centro de Pesquisa Teatral (CPT). Basta ficar com o ouvido atento para descobrir a intenção do diretor Antunes Filho, autor do texto: homenagear o rei das marchinhas. "Ué, quem não gosta dele?", pergunta, sorridente. É essa alegria declarada a busca de Lamartine
Babo, que estreia na 5ª (12), no Sesc Consolação. Trata-se de um ‘musical dramático’ sobre a história do compositor, conhecido também por hinos de times de futebol. ‘Dramático’, no caso, por ter diálogos. Nada a ver com tristeza.

O espetáculo segue a trilogia carioca, iniciada com ‘A Falecida Vapt-Vupt’ (ainda em cartaz), de Nelson Rodrigues, e que será concluída em março, com uma adaptação de ‘Triste Fim de Policarpo Quaresma’ (já em produção), de Lima Barreto. Nesta segunda parte, você vai ver a história de um conjunto musical que prepara um show sobre Lamartine. É a visita de um curioso senhor e sua sobrinha o pretexto para que o jovem (e afinado) elenco dirigido por Emerson Danesi interprete as marchinhas.

"A ideia é contar a história de forma divertida, como um ‘espetáculo dominical’", diz Antunes. É uma mudança de rumo no CPT, geralmente afeito a temas mais densos. "A gente pensa tanto que precisa de um respiro", brinca.

A peça reforça a vocação do grupo de mergulhar na cultura brasileira, iniciada com a montagem histórica ‘Macunaíma’, em 1978. E representa também a retomada de uma forma mais artesanal de se montar um musical. Muito diferente das superproduções de hoje. De teatro e de Carnaval.

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